First Act
Foi no 12º ano que conheci Guadalupe, uma dançarina mexicana que tinha vindo para Lisboa em intercambio. Tinha o ímpeto de qualquer dançarina e o temperamento de todas as latinas. Foi amor á primeira vista.
Isto, até Guadalupe ter fugido para Barcelona com um realizador espanhol. E assim se transformou o melhor ano da minha jovem vida numa vida invivível. As canções de amor pararam de fazer sentido e o ódio pela Netlfix aumentou ainda mais com o incremento de sugestões de filmes sobre o amor para sempre. Que se f*da o Shakespeare e o Bob Dylan.
E foi aí, enquanto a Professora Conceição falava sobre a lei da oferta e da procura, que comecei a escrever o meu primeiro guião na parte de trás do livro de economia. Foi também aí que decidi: vou fazer um filme que envergonhe qualquer filme que o espanhol já tenha feito.



